Hackathon Paralímpico Chicas Poderosas

Paula Grangeiro
Paula Grangeiro
Published in
2 min readSep 6, 2015

--

Sábado passado (29/08) ocorreu o primeiro Hackathon Paralímpico organizado pelo comitê Paralímpico Rio 2016 e pelo movimento Chicas Poderosas.

O Chicas Poderosas é uma organização internacional, fundada pela jornalista Mariana Santos. O movimento visa empoderar mulheres latinas da área de comunicação com skills tecnológicas, hoje indispensáveis no jornalismo digital.

Mariana Santos, contando um pouco da sua história inspiradora durante a abertura do evento.

O objetivo do hackathon era promover a visibilidade dos jogos paralímpicos. Para isto teríamos que manipular milhares de dados, de todas as paralímpiadas realizadas, e exibí-los no formato de um infográfico.

Jornalistas, designers e programadoras do Brasil inteiro receberam convites para participar do evento. O prêmio — acesso irrestrito para realizar a cobertura das Paralímpiadas Rio 2016 — iria para o grupo que apresentasse a solução mais inovadora de acordo com o seu tema.

No dia 28/09 (sexta-feira) tivemos acesso aos dados que seriam utilizados no hackathon, palestras e a formação dos grupos para o dia seguinte.

Como meu primeiro hackathon, senti um ambiente totalmente confortável para ideias e uma grande cumplicidade entre as equipes. Durante as pausas, as meninas chegavam e conversavam sobre o desenvolvimento do tema do seu grupo, tirávamos dúvidas sobre soluções adotadas, trocávamos figurinhas sobre eventos, feminismo e tecnologia. Também foi reconfortante ver dúvidas do tipo “Não sei se vai ficar tão bom quanto o esperado por causa do tempo” serem sucedidas de trabalhos tão bem realizados. Me vi em outras meninas com as mesmas dúvidas do meu dia-a-dia.

O evento também contou com mentores, profissionais da área jornalística, para orientar os grupos.

Apesar das adversidades — nem todos os grupos tinham designers ou programadoras, que estavam em um número inferior ao de jornalistas — , foi interessante notar a qualidade dos projetos apresentados (vocês podem conferir alguns deles no Github Rio 2016). E no final do dia, o prêmio foi dividido entre duas equipes: Perfis, da qual eu fazia parte, e as Ousadas, que sequer tinham uma programadora em seu grupo.

As Ousadas desenvolveram uma cartilha para auxiliar o público a lidar com as pessoas com deficiência.

--

--

Programadora por profissão, desenhista nas horas vagas e colecionadora de gatos.